Etapa atípica em Interlagos reforça força comercial do MOTO1000GP e equilíbrio técnico das copas

Com corridas na sexta e no sábado, evento manteve paddock lotado, presença de marcas e disputas decididas nos milésimos

Mesmo com um formato fora do tradicional, com corridas na sexta-feira e no sábado, a terceira etapa do MOTO1000GP, realizada nos dias 6 e 7 de junho no Autódromo de Interlagos (SP), mostrou a solidez do campeonato como plataforma esportiva e comercial. Essa foi a primeira de duas etapas marcadas para o circuito mais tradicional do esporte a motor brasileiro. A Super Final do Campeonato Brasileiro de Motovelocidade volta a São Paulo nos dias 29 e 30 de novembro.

A mudança na programação foi necessária devido à indisponibilidade da área de boxes no domingo, mas não impediu o paddock de ficar lotado nem o evento de entregar disputas de alto nível. As marcas marcaram presença e mantiveram ativações voltadas a convidados, clientes e parceiros. A Triumph montou uma loja oficial no paddock, ao lado do box dedicado à Daytona 660 Cup. Já a BMW Motorrad recebeu seus convidados em espaço personalizado, reforçando a presença institucional no evento.

Gilson Scudeler, CEO do MOTO1000GP, reconhece os desafios enfrentados na etapa. “Sabemos que não conseguimos entregar um evento no nível da Super Final de 2024, com as atrações e ativações que gostaríamos de oferecer aos fãs da motovelocidade. Tivemos um espaço reduzido para montagem e, com as corridas no sábado, a disponibilidade do público e das marcas para ativações diminui, já que muitos ainda estão trabalhando. Mesmo assim, o paddock esteve lotado, as marcas e equipes montaram seus espaços e receberam seus convidados. Quem veio acompanhou corridas equilibradas, chegadas apertadas e muita adrenalina.”

Ao todo, foram 12 corridas entre sexta e sábado. As copas monomarca, que utilizam motocicletas desenvolvidas em parceria com o MOTO1000GP, tiveram destaque pelas disputas apertadas e pelo alto equilíbrio técnico. Na Motul 300V Cup, os cinco primeiros colocados cruzaram a linha de chegada com diferença de apenas 0s222. Na Daytona 660 Cup, Pedro Balla e Cauã Rodrigues terminaram a prova separados por 0s003.

“O espetáculo que vimos na pista nas provas de sábado é resultado direto da configuração das copas. Essas categorias de base fomentam a formação de pilotos, permitem o desenvolvimento técnico com custos reduzidos e garantem corridas equilibradas com qualidade equiparada entre os participantes”, afirma Scudeler.

Mesmo com limitações de estrutura e mudanças na programação, a competição manteve a entrega técnica e comercial da etapa. “O MOTO1000GP vem se consolidando cada vez mais como uma importante plataforma comercial e de relacionamento entre as marcas e um público altamente qualificado. Em novembro, voltamos a Interlagos com uma estrutura robusta para receber os fãs de São Paulo na Super Final”, completa.

Ao todo, entre quinta-feira (5) e sábado (7), foram realizadas 58 sessões de pista entre treinos livres, classificatórios, warm-ups e corridas, com condições de pista instáveis. Foram registradas 27 quedas sem gravidade. O MOTO1000GP montou 380 metros de barreiras de proteção com o mais alto nível de segurança para a realização da etapa em Interlagos, reafirmando seu compromisso com a segurança.

O MOTO1000GP, que é o Campeonato Brasileiro de Motovelocidade, segue todos os protocolos de segurança exigidos pela Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM) e pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM). O campeonato conta com o patrocínio da Yamaha, Triumph, Motul, Pirelli, BMW Motorrad, Suhai Seguradora e Ducati, e o apoio da Revista Duas Rodas e da plataforma Motorsport.com. As corridas são transmitidas no canal do YouTube do MOTO1000GP, no BandSports em rede nacional e em sete países pelo canal New Brasil, também do Grupo Bandeirantes de Comunicação, além do Canal RACER Brasil.